quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Basquete em cadeira de rodas


Sua prática teve início após a Segunda Guerra Mundial, pois nesse período aumentou muito o número de pessoas portadoras de deficiência física devido à guerra, e assim começaram a surgir nos hospitais atividades esportivo-recreativas para essas pessoas. Essa atividade logo se destacou pela notável melhora física e psicológica dos seus praticantes, e a partir disso foram surgindo os campeonatos e federações, fazendo com que ela ganhasse dimensões cada vez maiores. No Brasil, o basquete em cadeiras de roda iniciou-se no final dos anos 50 por meio dos atletas Sérgio Del Grande e Robson Sampaio. Os dois foram participar de um programa de reabilitação nos Estados Unidos, logo após, Sérgio passou a desenvolver o esporte em São Paulo incentivando a criação do Clube dos Paraplégicos, e Robson foi para o Rio de Janeiro e criou o Clube do Otimismo.
O Basquete sobre rodas visa atender criança, adolescentes, adultos interessados em aprender para dessa forma contribuir na inclusão social dos mesmos. Segundo um estudo feito na cidade de Maringá, os cadeirantes procuram esse esporte principalmente para desenvolverem uma atividade de recreação e lazer, depois, com menos frequencia, para competições e para fazer novas amizades e por último pela perspectiva de melhora em relação à deficiência. Os resultados que se pode observar nesse estudo foram, em primeiro lugar, a melhora da auto-estima (40%), contribuindo para a estruturação da personalidade e do ânimo dos praticantes, considerando que o esporte é uma importante ferramenta para a restauração do corpo e da mente. O segundo fator de maior destaque foram as relações sociais (30 %), depois a habilidade motora (20%) , pois o basquete em cadeira de rodas é utilizado também como uma forma de preparação física para a realização das atividades do dia-a-dia sem fadiga excessiva. Por último, com menos frequencia (10%) está a ocupação do tempo livre.
Os autores são unânimes em afirmar que a atividade motora adaptada proporciona melhoras significativas no aspectos sociais, psicológicos, físicos e motores.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Futebol para cegos






Sendo o futebol um dos esporte mais populares seu caráter igualitário permitiu que ele se expandisse pelo mundo todo e é natural que atinja também as pessoas que por definição e preconceito sempre estiveram alijadas do jogo: os deficientes. Com isso desde cedo eles foram a procura de uma maneira de pudessem praticar o futebol.
Praticado em mais de trinta países o futebol para cegos teve sua estréia na Paraolimpíadas em Atenas (2004), o que fez com que o esporte e seus atletas fossem reconhecidos pela primeira vez em seus países. A vitória no brasil reafirmou o papel do nosso país como potência também no futebol adaptado.
O futebol de cegos é baseado no futebol de salão ou futsal, com quatro jogadores na linha e um no gol. Para que os deficientes pudessem praticar o esporte com emoção, desenvoltura e, principalmente, com segurança foram feitas algumas adaptações com o passar do tempo.
Apesar das grandes dificuldades enfrentadas pelos atletas no começo dessa modalidade o futebol sempre foi um atrativo para os cegos, sem o material especializado que se encontra hoje em dia, improviso era a palavra de ordem. Não importava o tamanho da bola ou o material de que era produzida, havia ainda o problema de o esporte ser praticado em espaços muito abertos, assim o jogo se diluía em virtude da dificuldade dos atletas.
Os participantes jogam com vendas nos olhos para que não haja injustiça, pois esses possuem diferentes níveis de deficiência visual, tudo o que os atletas de linha têm para se orientar na quadra é a audição. Quando a bola está em jogo os jogadores são obrigados a avisar que vão disputar a bola, assim diminuem a possibilidade de trombadas entre eles. Eles têm de gritar "vou", "fui" ou "eu", para evitar batidas fortes e faltas técnicas, pois em qualquer jogo de futebol há lances polêmicos e reclamações do árbitro.

Alguns detalhes técnicos do jogo:

- A bola possui um guizo que produz som para orientar os atletas;
- A torcida deve permanecer em silêncio total para não distrair os jogadores;
- As equipes contam com um chamador que fica atrás do gol para orientar os jogadores no ataque;
- As laterais da quadra tem muretas para delimitar o espaço de jogo, dessa forma só há cobrança de lateral quando o chute passa por cima da mureta;
- O goleiro não tem deficiência visual e orienta os jogadores na defesa;











Atividade física e deficiência


É comum que muitos portadores de necessidades especiais sofram descaso da sociedade por achar que devido às suas deficiências eles são limitados a realizar certas atividades, além de serem vítimas do preconceito e da falta de espaços públicos adequados. Diante disso, o esporte pode trazer uma grande melhora nas suas condições físicas e psicológicas, pois melhora sua qualidade de vida, promove a reintegração à vida social, dá disposição, melhora a auto-estima, influencia no humor, além de ajudá-los a se superar cada vez mais e a terem força para lutar contra o preconceito. Esportes coletivos como o basquete e o futebol ensinam também a trabalhar em equipe.

A atividade física tem a capacidade de contribuir para a reabilitãção de muitas deficiências, pois ajuda ativar a circulação, estimular os músculos, evitar o acúmulo de gordura localizada, equilibrar o eixo glandular do tálamo, gônadas, supra-renal, além de melhorar a habilidade de coordenação de movimentos, tornando o indivíduo mais rápido, ágil e flexível.
Considerando o grau de deficiência e as dificuldades, praticamente todos os esporte podem ser praticados pelos deficientes, e devido a essas condições são feitas adaptações e modificações nas regras para facilitar essa prática.
Ao recuperar toda a motivação para a vida, o deficiente se vê capaz de superar suas limitações e se sente estimulado a realizar atividades do dia-a-dia como namorar, trabalhar, estudar. Um exmplo dessa superação é o americano Tony Volpentest, que nasceu sem as pernas e os braços e em 1996 bateu o recorde correndo 100 metros rasos em 11,36 segundos nos Jogos Paraolímpicos de Atlanta. O homem mais rápido do mundo, que não possui nenhuma restrição física, realiza esta prova do atletismo em 9,74 segundos, pouco mais de um segundo e meio mais rápido que Volpentest.





quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais no Mercado de Trabalho



Nem todas as pessoas são iguais. Existe um certo grupo que apresenta algumas limitações, ou falta de habilidade na realização de uma atividade comparada ao desempenho da média de um total de pessoas; a este grupo, dá-se o nome de portadoras de necessidades especiais (PNE'S).

Mesmo com algumas habilidades reduzidas, deve-se apoiar a inclusão das pessoas portadoras dedeficiência na sociedade e no mercado de trabalho.Elas podem apresentar potencial edesenvolver um talento tanto quanto os indivíduos que não são considerados deficientes.

Incluí-las não é fácil. A sociedade, as empresas e as próprias pessoas às vezes, mesmo que não intencionalmente são um pouco preconceituosas. Muitos acreditam que incluir pessoasdeficientes principalmente no mercado de trabalho, pode vir a gerar muitos problemas, pois consideram este grupo de pessoas incapazes de trabalhar, desenvolver e pensar direito, portanto, passam a ser consideradas pessoas que não dão um bom rendimento e podem até causar prejuízos.






Baseado neste preconceito existente, e também para tentar amenizar o problema de que algumas empresas não empregam pessoas portadoras de deficiência foram criadas leis de proteção ao deficiente. Estas leis não visam apenas diluir o preconceito existente, mas também, facilitar a inclusão deste grupo de pessoas na sociedade.

De acordo com o art. 93 da Lei 8.213 de 24 de julho de 1991(Plano de Benefícios de Previdência Social), Portaria do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) fica instituída a obrigatoriedade de reserva de postos em empresas privadas à portadores de deficiência de acordo com os percentuais abaixo listados:

"A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção":

  • até 200 empregados.............................. 2%
  • de 201 a 500 empregados.....................3%
  • de 501 a 1000 empregados..................4%
  • de 1001 em diante..................................5%


A lei já está em vigor, e as autoridades (Ministério Público do Trabalho, Ministério da Justiça, Ministério da Previdência e Assistência Social e Ministério do Trabalho e Emprego) têm a responsabilidade de zelar pelo seu cumprimento.

A preocupação das instituições em manter e passar para a sociedade uma imagem de empresa cidadã, está relacionada com o processo de recrutamento de uma força de trabalho mais diversificada, e também de cumprimento da legislação em vigor, que exige que as empresas possuam um quadro funcional diversificado.Recrutar uma força de trabalho diversificada não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas uma necessidade.

Ainda existem muitas empresas que resistem ao emprego da minoria, principalmente no caso de portadores de necessidades especiais. Pode-se atribuir esta resistência à falta de preparo e de programas de incentivo a recolocação desta parte da população. Existem milhares de portadores aguardando por uma oportunidade de colocação profissional, graças à Legislação e a constante fiscalização este sonho tem se tornado realidade para muitas pessoas. As organizações tem colaborado efetivamente para esta recolocação, algumas abrem processos seletivos paralelos e não discriminatórios para que não haja constrangimento e exposição dos candidatos, assim como utilizam parâmetros diferenciados para a seleção.

A inclusão da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho não pode mais ser considerada um problema individual; do portador e de sua família. Ao incluir uma pessoa com necessidade especial, estará se proporcionando à ela uma razão para lutar e amenizar os problemas enfrentados com a sua deficiência, é uma maneira de estar reconhecendo-a e lhe dando oportunidade iguais no mercado de trabalho tão competitivo dos dias de hoje.

Muitos problemas que afligem a vida dos portadores de deficiência têm origem na sociedade. Uma parte da redução da capacidade de andar, pensar, aprender, falar ou ver está ligada às limitações que possuem, mas, uma boa parte decorre das barreiras que lhes são impostas pelo meio social. Isso é fácil de ser observado,basta atentar para o fato de que em muitos casos, a pessoa deixa de ser deficiente no momento em que a sociedade lhe proporciona condições adequadas; é o caso de um cadeirante, por exemplo, para se locomover na escola e no trabalho são necessárias providências no transporte e na arquitetura, como uma simples rampa de acesso.

A inserção e a retenção de portadores de necessidades especiais no mercado regular de trabalho depende basicamente de três providências:

  1. Preparo do portador;
  2. Educação do empregador;
  3. Disposição de boas políticas públicas.


Para enfrentar as dificuldades atuais de identificar e recrutar pessoas qualificadas, as empresas brasileiras terão de envolver-se com programas de educação e treinamento dos candidatos.Isso pode ser feito de maneira direta ou indireta. É bem provável que as grandes empresas optem pela implantação de programas próprios nesse campo, e que as médias prefiram utilizar os serviços de escolas e entidades de portadores de deficiência através de convênios e outros tipos de articulações.



referência: http://www.webartigos.com/articles/1126/1/Inclusao-de-Pessoas-com-Necessidades-Especiais-no-Mercado-de-Trabalho/Pagina1.html

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Natação para portadores de necessidades especiais

Ultimamente tem crescido muito o número de portadores de necessidades especiais que procuram o esporte para manter uma vida psicológica e fisicamente saudável.Com uma maior procura mais estudos são realizados o que ajudam melhorar as condições e formas de trabalhos com esse grupo de pessoas.A natação é um exemplo:



Especialistas dizem que a natação assume um lugar privilegiado entre os exercícios físicos pois, conforme o aluno vivencia a liberdade de movimentos que podem ser executados em todos os sentidos contra a resistência da água ele utiliza toda sua musculatura o que ajuda a elevar o potencial do corpo que melhora a imagem dele ajudando e ampliando as condições para funções na sociedade.
Ela é uma das modalidades esportivas com mais tradição dentro do campo do esporte para pessoas portadoras de necessidades especiais. Para os deficientes a atividade na água, significa um momento de liberdade e independência,é nesta hora que eles conseguem movimentar-se livremente, sem auxílio de bengala, muletas, pernas mecânicas ou cadeiras de rodas. Esses movimentos livres dão a chance deles saberem qual seu potencial, suas limitações, logo, conhecer a si próprio, quebrar suas próprias barreiras e vencer seus limites, o que significa muito para eles ifluenciando demais na vida , elevando a auto-estima, a autoconfiança e construindo uma independência.

A natação possui uma classificação específica que é feita por análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular, mobilidade articular e testes motores feitos dentro da água. As classes possuim sempre o nome iniciado pela letra S de swimming(natação) e a regra que vale é que quanto menor o número da classe maior é a deficiência. Um atleta pode possuir uma classificação diferente para o nado de peito e do medley.

As classes são:
»S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-motoras.
»S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com deficiência visual (a classificação neste caso é a mesma do judô e futebol de cinco).
»S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência mental.
*onde S é para as modalidades Livre, Costas e Borboleta, SB nado de peito e SM para o medley.

Os benefícios deste esporte, físicos, integração social, a independência e o aumento da auto-estima nos atletas , não são diferentes com os portadores de necessidades especiais, mas o trabalho com eles precisa ser adaptado, essas adaptações tem como base cinco objetivos que tratam o aluno ou atleta em sua totalidade, esses objetivos são orgânico, neuromuscular, interpretativo, social e emocional.

A metodologia utilizada para este trabalho tambem é igual a metodologia da natação tradicional que passa por uma adaptação ao meio líquido com oito níveis de técnicas, o ensino dos nados, um aperfeiçoamento, para enfim chegar ao treinamento.
As técnicas dos nados utilizados nas competições paradesportivas são as mesmas técnicas esportivas dos nados crawl, costas, peito e borboleta, com algumas concessões a técnica formal. As regras aplicadas são as mesmas estabelecidas pela FINA (Federação Internacional de Natação Amadora), com algumas adaptações, principalmente, as saídas, viradas e chegadas, e as orientações para os deficientes visuais.

Cada vez mais vem crescendo o numero de praticantes da natação adaptada, e desde a primeira paraolimpíada ela está presente, o Brasil já coquistou várias medalhas e na Paraolimpíadas de Beijing (2008) teve seu melhor desempenho com 47 medalhas e um dos nadadores destaque é Daniel Dias.


Assim encerramos esse post dizendo que as atividades físicas e esportivas, com intuito competitivo ou não, devem ter uma orientação e estimulo no processo de reabilitação, utilizando de todos os benefícios que estas atividades podem oferecer para uma melhora da qualidade de vida dos indivíduos portadores de necessidades especiais.


As referencias foram:
http://www.efdeportes.com/efd137/natacao-para-portadores-de-necessidades-especiais.htm
http://tudosobrenatacao.blogspot.com/