terça-feira, 24 de novembro de 2009

Futebol para cegos






Sendo o futebol um dos esporte mais populares seu caráter igualitário permitiu que ele se expandisse pelo mundo todo e é natural que atinja também as pessoas que por definição e preconceito sempre estiveram alijadas do jogo: os deficientes. Com isso desde cedo eles foram a procura de uma maneira de pudessem praticar o futebol.
Praticado em mais de trinta países o futebol para cegos teve sua estréia na Paraolimpíadas em Atenas (2004), o que fez com que o esporte e seus atletas fossem reconhecidos pela primeira vez em seus países. A vitória no brasil reafirmou o papel do nosso país como potência também no futebol adaptado.
O futebol de cegos é baseado no futebol de salão ou futsal, com quatro jogadores na linha e um no gol. Para que os deficientes pudessem praticar o esporte com emoção, desenvoltura e, principalmente, com segurança foram feitas algumas adaptações com o passar do tempo.
Apesar das grandes dificuldades enfrentadas pelos atletas no começo dessa modalidade o futebol sempre foi um atrativo para os cegos, sem o material especializado que se encontra hoje em dia, improviso era a palavra de ordem. Não importava o tamanho da bola ou o material de que era produzida, havia ainda o problema de o esporte ser praticado em espaços muito abertos, assim o jogo se diluía em virtude da dificuldade dos atletas.
Os participantes jogam com vendas nos olhos para que não haja injustiça, pois esses possuem diferentes níveis de deficiência visual, tudo o que os atletas de linha têm para se orientar na quadra é a audição. Quando a bola está em jogo os jogadores são obrigados a avisar que vão disputar a bola, assim diminuem a possibilidade de trombadas entre eles. Eles têm de gritar "vou", "fui" ou "eu", para evitar batidas fortes e faltas técnicas, pois em qualquer jogo de futebol há lances polêmicos e reclamações do árbitro.

Alguns detalhes técnicos do jogo:

- A bola possui um guizo que produz som para orientar os atletas;
- A torcida deve permanecer em silêncio total para não distrair os jogadores;
- As equipes contam com um chamador que fica atrás do gol para orientar os jogadores no ataque;
- As laterais da quadra tem muretas para delimitar o espaço de jogo, dessa forma só há cobrança de lateral quando o chute passa por cima da mureta;
- O goleiro não tem deficiência visual e orienta os jogadores na defesa;











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